sábado, 30 de outubro de 2010

A sociedade e o mundo em constante mudança.

Vivemos num Mundo em constante mudança, numa sociedade regida por leis, valores e interesses mutáveis, que condicionam a nossa forma de vida.
Esta mutação de valores e interesses, manifesta-se em transformações politicas, sociais, ideológicas, culturais, científicas, institucionais e até ambientais, ou será caso dizer, e consequentemente ambientais.
Desde sempre o Homem sentiu necessidade de evoluir, estar um passo à frente, e tem com isto decorrido ao longo dos séculos uma evolução progressiva, diria mesmo que lenta, em equilíbrio com o ambiente. No entanto, com a viragem do milénio, acabaríamos por experimentar uma evolução abrupta, essencialmente na área da tecnologia e ciência, que acabaria por levar a exageradas transformações culturais, politicas, ambientais e maioritariamente sociais.
Exemplo disto é a inovação das tecnologias no sector agrícola. Até há pouco tempo atrás, décadas de 70 e 80, a agricultura era de certa forma bastante rudimentar, baseando-se essencialmente no esforço físico humano e de animais, num role de práticas e costumes que está actualmente praticamente extinto, devido a estas inovações. Máquinas e aparatos substituem hoje as mãos e os braços que outrora cultivavam a terra.
Há melhorias? Sim, sem dúvida. É o progresso
Mas há também perdas, principalmente culturais. Vivemos num país com uma forte cultura agrícola, ou melhor, com uma tradição ligada á agricultura, que está agora em vias de extinção, caída no esquecimento do interior, e sugada pelo êxodo rural.
Este avanço das novas tecnologias manifestou-se também na area da ciência, com os avanços da medicina, o aumento do conhecimento sobre a condição humana, assim como se manifestou também na área das comunicações, com inúmeras inovações tecnológicas que permitem novas formas de interacção social.
Ciberespaço, digitalização, Internet, são termos cada vez mais usados na sociedade. Vivemos numa era de cultura digital, onde o e-mail substitui a carta, o telemóvel substitui o aperto de mão, e o bip o olá.
Quem pensaria há 20 anos atrás, em poder fazer uma chamada com imagem digital para o outro lado do mundo? Sequer para o vizinho do lado, e no entanto, hoje é possível, isso e muito mais.
Foram quebradas barreiras geográficas, o que permite uma maior fluidez de hábitos sociais e culturais entre os povos do mundo, que acaba por conduzir a profundas alterações sociais e, obviamente culturais nos mesmos.
A perda de contacto pessoal a que estes novos hábitos conduzem é imensa, e já está entranhada na sociedade. São novas formas de sociabilidade, que por sua vez não chegam a todos, não fossem os factores económicos falar mais alto.
Sim, visto que existe ainda uma faixa social sem capacidade económica para usufruir destas novas tecnologias, sendo assim, de certa forma, arrastada para minorias étnicas, privadas destas novas formas de sociabilidade, e por isso excluídas.
É importante também falar da Internet, a World Wild Web.
O Mundo é hoje bem mais pequeno graças a essa comunidade global, onde se processa uma troca frenética de culturas, onde quase tudo é possível.
No entanto, todos sabemos que a mente humana não pára de nos surpreender, e a Internet veio dar azo a intolerâncias da sociedade, e todo um lado negro se revelou.
Pedofilia, burlas, etc. Rapidamente invadiram todo o sistema, poluindo-o com infindáveis sites , refugiados na segurança do anonimato.
A verdadeira decadência da sociedade.
Se por um lado, caminhamos para uma utopia, por outro lado, mergulhamos na decadência, e a necessidade de alterações politicas é agora gritante, e inevitável.
O Dinheiro faz mover o mundo, e a afluência a esses sites pagos é imensa, o que revela uma sociedade sem escrúpulos, onde os valores são cada vez mais deturpados, visando cada vez mais o factor económico, a qualquer custo.
Tudo por dinheiro, é assim que a máquina funciona.
O Homem nasce, evolui, consome os recursos ambientais à sua volta, como melhor proveito lhe der, e depois muda-se, deixando um rasto de destruição, como se de uma forma de vida parasitica se tratasse.
E é isto que o Homem vem fazendo ao longo das ultimas décadas, pois tanta evolução, tanta necessidade de estar mais á frente tem-se manifestado numa total perda de respeito pelo nosso ambiente, e estamos a degrada-lo a uma velocidade tremenda.
Com isto, surgem mais alterações politico-ideológicas, medidas de prevenção e protecção da natureza, medidas por vezes tardias.
Todos já ouvimos falar no aquecimento global, e no entanto, continua a ser-nos tão alheio, tão problema dos outros.
Poderão tais transformações ambientais ser ignoradas?
É este o mundo em que queremos viver?
E quando já não houver mundo?

"Marco Cameirão"

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