quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Natureza Humana VS Comportamento Humano

Influência! Todos nós já ouvimos o termo vezes sem conta e, a grande maioria pensa verdadeiramente saber o seu significado, ou como se manifesta, e então vivem agarrados à ideia de que a nossa forma de estar neste mundo, a nossa personalidade, é determinada pela “Natureza Humana”.
Para percebermos o erro inerente a este conceito, precisamos perceber antes de mais que é impossível compreender como funciona a biologia fora do contexto ambiental.
Uma das ideias mais difundidas entre o ser humano, e potencialmente perigosa, é a ideia de que determinado comportamento é genético. Para aqueles que conhecem um pouco de biologia moderna, esta ideia pode conduzir a imensas respostas lógicas, mas, para a grande maioria das pessoas, significa que os genes são coisas (pois na verdade não sabem do que se trata realmente) imutáveis, e que levam a comportamentos inevitáveis, numa espécie de visão determinista da vida! Esta visão, para além de errada e potencialmente perigosa, é prejudicial porque acreditam de tal modo nisto, que pensam que não há nada que possa ser feito para mudar, por exemplo, a predisposição que as pessoas possam ter em se tornar violentas, e acreditam que a única solução é prende-las e/ou puni-las, e então inventam-se leis, como tentativa de resolver problemas que não sabem como resolver. Na verdade, esta linha de pensamento confere o luxo de ignorar o passado e o presente de factores históricos, sociais e económicos, e é o pretexto ideal para ignorar as verdadeiras razões que estão por trás da maioria dos comportamentos aberrantes que hoje vemos, porque a maioria acredita que é algo imutável, que está nos genes, e que não há nada a que possa ser feito para mudar.
Para melhor percebermos o absurdo que é esta linha de pensamento, podemos analisar determinadas doenças e distúrbios que, ainda hoje, são vistas como geneticamente programadas. Existem algumas, é verdade, mas são muito raras e dispersas na sociedade. A maioria das doenças que conhecemos, cardíacas, cancro, reumatismo, doenças auto imunes em geral, assim como distúrbios mentais e vícios, podem ter em nós uma predisposição derivada de um componente genético mas, predisposição, não é o mesmo que predeterminação, conceito este que abala toda a pesquisa feita em torno das causas das doenças no genoma humano!
Por exemplo, em cada 100 mulheres com cancro da mama, apenas 7 possuem os genes que conferem a predisposição para o cancro, 93 não! E em 100 mulheres que possuam este gene, esta predisposição genética, nem todas terão cancro.
É importante perceber papel dos genes nas nossas vidas, e perceber que eles por si só não determinam coisa nenhuma, salvo muito raras excepções. Aquilo que os genes nos conferem na realidade, são formas diferentes de reagir ao ambiente, é uma contribuição genética que define a prontidão, ou forma, com que cada um reage a um determinado desafio ou situação imposta pelo ambiente. Como já foi referido, não podemos analisar biologia, e obviamente genética também, fora do contexto ambiental.
Uma forma simples de perceber isto, é olhando para trás, para as influências a que estivemos sujeitos na nossa infância, influências vindas essencialmente dos pais, que acabam por afectar a nossa expressão genética, ligando e desligando diferentes genes, de modo a que a nossa linha de desenvolvimento seja compatível com o mundo em que vivemos. Para quem quiser, fiquem com esta expressão:
“Filho de peixe sabe nadar”!
Para perceber isto, precisamos familiarizar-nos com o conceito de epigenese, ou efeitos epigenéticos!
Na nova Zelândia, foi realizado um estudo numa cidade chamada Dunedin, estudo esse que envolvia alguns milhares de indivíduos, desde o seu nascimento até aos 20 anos de idade! Um dos resultados deste estudo, foi que conseguiram identificar uma mutação genética, um gene anormal que tem alguma relação com a predisposição para a violência, mas só em indivíduos que foram severamente abusados na infância! Isto é um efeito epigenético.
Uma outra forma interessante de explicar este efeito, ou fenómeno, é através de experiências realizadas em ratos. Existe um gene responsável pela codificação de uma proteína relacionada com a aprendizagem e a memória (OTX2), que nos confere predisposição para a aprendizagem, ou não, não caso do seu défice (facto que devia ser levado muito em conta por muitos professores)! Então, nesta experiência realizada em ratos, foi-lhes retirado esse mesmo gene, de modo a que ele e os seus descendentes não o possuíssem mais, e o resultado obtido, foi que os ratos manifestaram claramente dificuldade em aprendizagem! Com isto remetemo-nos para uma visão fechada deste resultado, que seria “uma base genética para a inteligência”! No entanto, e seguindo esta experiência, verificou-se que se esses ratos, agora geneticamente deficientes, com dificuldade em aprendizagem, forem criados num ambiente mais rico e estimulante do que uma gaiola de laboratório normal, eles superam completamente esse défice, e desenvolvem a capacidade de aprendizagem!
Uma outra questão digna de abordagem, é o estudo, ou entendimento do que são os vícios.
A primeira coisa que as pessoas pensam quando se fala em vícios, é as drogas… no entanto, se procurarmos definir o que é um vício, veremos que vício é todo o comportamento que esteja associado à ânsia por um alivio temporário, com consequências negativas a longo prazo, juntamente com a perda do controlo sobre isso, de modo que a pessoa quer largar o vício, ou promete fazê-lo, mas não consegue! Assim, é fácil perceber que existem muitos mais vícios do que aqueles que estão relacionados com o consumo de drogas, tais como o vício de fazer compras, o vício em comer, o vício no futebol, na Internet, no trabalho, em joguinhos electrónicos, no farmville…
Existe também o vício no poder, aliás, muito exaltado na nossa sociedade. Pessoas que têm poder, mas que querem mais e mais… Pessoas que são viciadas no petróleo, ou pelo menos na riqueza e nos produtos que nos são acessíveis através dele, sem olhar ás consequências negativas que isto tem no meio ambiente. Aparentemente, quanto maior for o dano causado, mais respeitável é o vício, na nossa sociedade actual. O executivo da empresa de tabaco que mostrar mais lucro, irá receber uma recompensa maior. Porém, doenças relacionadas com o fumo do tabaco, matam em média 5 milhões e meio de pessoas por ano. Esse executivo é viciado em quê? Em lucro, e não enfrenta qualquer consequência negativa legal, nem de qualquer outro tipo, proveniente da sua actividade! Na verdade, ele está de tal forma viciado neste lucro, que se recusa a reconhecer o impacto das suas actividades, o que é típico dos viciados, a negação! Vejam os fumadores, quantas vezes já nos ouviram dizer que vamos deixar de fumar, que é quando quisermos, que não somos viciados… Voltando ao vício no lucro, este é considerado respeitável, o lucro a todo o custo, portanto podemos ver que o que é aceitável e respeitável ou não na nossa sociedade, é um fenómeno altamente arbitrário.
Também nesta questão dos vícios, há um mito comum ( uma falácia ) de que as drogas por si só são viciantes, e criou-se a ideia de que proibindo a fonte das drogas, se resolveria o problema da dependência, e então inventámos mais leis… de notar, consumir drogas não é um crime, é um distúrbio!
Se considerarmos o vício no seu sentido mais amplo, já antes demonstrado, veremos que nenhuma substância é por si só viciante, assim como nenhum comportamento é por si só viciante. Nem todos aqueles que bebem um copo de vinho, se tornam alcoólatras. Nem toda a gente é viciada em comer compulsivamente!
O vício é, nada mais, nada menos, que a combinação de um individuo susceptível com as substâncias ou comportamentos potencialmente viciantes, que contribuem depois para o desenvolvimento da dependência.
É exactamente por isto, que a nossa atenção tem que recair sobre a questão da susceptibilidade.
Para entendermos o que pode tornar algumas pessoas susceptíveis ou não, temos que considerar a sua experiência de vida, que não só molda a personalidade das pessoas, como também molda fisicamente os seus cérebros de maneiras muito específicas. Esta experiência de vida, começa no útero!
A partir do momento em que somos um feto, estamos sujeitos a um ambiente, a qualquer informação que chegue até nós através da circulação da mãe, tal como níveis de nutrientes, hormonas… um excelente exemplo disto, é a chamada “Fome Holandesa”.
Em 1944, os nazis ocuparam a Holanda e, por vários motivos, decidiram retirar-lhes a comida e encaminhá-la para a Alemanha. Durante vários meses, o povo de lá ficou faminto, dezenas de milhares morreram à fome. Ora, um feto no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, durante este período de fome, acaba por aprender algo único nesse período, informação do ambiente exterior através da circulação da mãe, e uma mãe faminta, apresenta baixos níveis de nutrientes! Esta informação vai obviamente chegar ao feto, que está a tentar adaptar-se ao ambiente que vai encontrar cá fora! Uma vez que lhe chegam poucos nutrientes, esse feto vai aprender e auto programar-se para ser muito poupado com as gorduras e os açucares, e isto vai ter impacto por toda a sua vida, esta predisposição gerada para armazenar nutrientes! Uns anos mais tarde, e este feto, agora adulto, terá muito mais predisposição, ou propensão, para ter tensão alta, obesidade, entre outros problemas relacionados com o excesso de armazenamento de nutrientes. Isto é um ambiente muito precoce a ter efeitos muito sérios na nossa vida adulta!
O mesmo acontece com mães que foram sujeitas a stress durante a gravidez. Um estudo Britânico, mostra que mulheres abusadas durante a gravidez, têm um nível maior de hormonas (cortisol) nas suas placentas durante o parto, e os seus filhos são mais propensos a condições que os tornarão predispostos a vícios por volta dos 8 anos. Não há dúvidas de que o pré-natal tem um enorme impacto no desenvolvimento do ser humano, isto porque durante esse período, o seu desenvolvimento é moldado também pelo ambiente social e psicológico, ou seja, a biologia dos seres humanos é muito afectada e programada pelas experiências dentro do útero.
Também sobre esta questão do ambiente como factor de mutação no desenvolvimento humano, particularmente no desenvolvimento do cérebro humano, não podemos esquecer um aspecto extremamente importante, o facto de que este desenvolvimento continua a ocorrer sob o impacto do ambiente, também após o nascimento. Para clarificar esta ideia, se nos compararmos ao cavalo, que consegue correr logo no primeiro dia de vida, verificamos que nós, humanos, quando nascemos, somos pouco desenvolvidos, mesmo a nível cerebral. Só por volta dos dois anos de idade, é que conseguimos reunir tanta coordenação neurológica, equilíbrio, e força muscular, e isto deve-se ao simples facto de que no cavalo, todo o desenvolvimento cerebral acontece dentro do útero e, no nosso caso não. Parte do nosso desenvolvimento cerebral, acontece já fora do útero. Isto tem a ver com simples lógica evolutiva, pois conforme a cabeça cresce, desenvolve-se o cérebro anterior, que nos caracteriza como espécie humana, ao mesmo tempo que aprendemos a andar em duas pernas, o que leva a um estreitamento da pélvis, para possibilitar, ou facilitar a locomoção, e, assim, ficamos então com uma pélvis mais estreita, uma cabeça maior! Pois é, é verdade, temos que nascer prematuros, pois se o desenvolvimento fosse completo dentro do útero, seria impossível o parto, e a gravidez seria insustentável!
Então, já vimos que a maior parte do desenvolvimento cerebral humano ocorre fora do útero, sob o impacto directo do ambiente exterior, e é deste ambiente que vai recolher estímulos que vão moldar o desenvolvimento do cérebro.
O conceito de Darwinismo neural, defende que os circuitos que recebem do meio ambiente informação apropriada, vão desenvolver-se da melhor forma, e os que não receberem, vão desenvolver-se mal, ou nem se desenvolverão. Por exemplo, se colocarmos, à nascença, um bebe com olhos perfeitamente funcionais dentro de um quarto escuro durante 5 anos, ele vai ficar cego para o resto da vida, uma vez que os circuitos de visão requerem luz para se desenvolverem, e sem esta luz, até mesmo os circuitos mais básicos, presentes e activos na criança aquando do nascimento, vão atrofiar e morrer, e novos não vão aparecer.
Todos nós, a dada altura, já percebemos que não temos memórias anteriores aos 18 meses de idade sensivelmente, e isto deve-se a um facto muito simples. O hipocampo, estrutura cerebral que codifica as lembranças, só começa a desenvolver-se após os 18 meses de idade, e só acaba o seu desenvolvimento muito mais tarde. Estas lembranças, representam a memória explicita, pois são a recordação de factos, detalhes, episodeos e circunstâncias. No entanto, existe outro tipo de memória, a memória implícita, que é uma memória emocional, na qual o impacto emocional e a interpretação do bebé das experiências emocionais é impregnada no cérebro, na forma de circuitos nervosos prontos a disparar sem uma recordação específica. Um bom exemplo disto, são as pessoas que foram adoptadas, pois muitas vezes sentem por toda a vida um sentimento de rejeição. Elas não se recordam da adopção nem da separação da mãe biológica, pois não há como recordar, mas a memória emocional da rejeição e separação fica profundamente enraizada nos seus cérebros. O que vemos mais tarde, é que elas são mais propensas a uma reacção emocional mais intensa quando rejeitadas, do que outras pessoas. Isto não vale, como é evidente, só para quem foi adoptado, mas tem um efeito particularmente forte nestas pessoas, devido a esta memória implícita.
No caso dos bebés prematuros, que muitas vezes vemos em incubadoras, sabe-se já que se forem acariciadas nas costas durante 10 minutos por dia, isto estimula o desenvolvimento cerebral. Portanto, podemos ver o quão importante é o toque humano, e logo, o afecto assim demonstrado.
Na sociedade há uma infeliz tendência para dizer aos pais para não segurarem os seus filhos, para não os abraçarem quando choram, por medo de mimá-los, ou como forma de os encorajar a dormir durante a noite, e, na verdade, este concelho é exactamente o oposto do que a criança precisa. Na realidade, o que acontece é que a criança até pode acabar por adormecer, não porque percebeu, mas pelo cansaço, porque desiste, e o seu cérebro desliga como forma de proteger da sua vulnerabilidade de ser abandonado pelos pais. No entanto, o que vai ficar gravado nas suas memórias implícitas, é que ninguém quer saber dela, pois essa é a sua natural interpretação dessa sua emoção.
De certo modo, existe um mecanismo de passagem de informação aos filhos que é inerente aos pais e, quase que inconscientemente, essa informação é passada na forma de emoções e estímulos, ou porque estamos deprimidos, ou zangados, ou alegres, tudo isto tem um poderoso efeito programador no desenvolvimento da criança. Isto é sensibilidade prematura, e é presente em muitas outras espécies, até mesmo em plantas. Trata-se de um processo prematuro de adaptação ao tipo de ambiente em que se estão a desenvolver. No caso dos humanos, essa adaptação é á qualidade das relações humanas. Então, a criança vai recolher como que uma “prova” do tipo de mundo em que vai crescer. Irá crescer numa sociedade onde precisa lutar para conseguir algo, onde tem que estar alerta, cuidar de si mesmo, aprender a não confiar nos outros?
Ou irá crescer numa sociedade onde depende da reciprocidade, da mutualidade, cooperação, onde a empatia é importante, onde a sua segurança depende de boas relações com outras pessoas? Precisará então de um desenvolvimento emocional e cognitivo muito diferente, e com isto devemos levar algo em conta.
Durante a infância, basicamente, duas coisas podem correr mal.
Uma, é quando acontecem coisas que não deviam acontecer, outra, é quando coisas que deviam acontecer, não acontecem.
Na primeira categoria, estão as experiências dramáticas, o abuso e o abandono.
Na segunda, está a atenção dos pais, tranquila e equilibrada, que todas as crianças necessitam, mas que nem todas recebem. Estas crianças não são abusadas, mas a presença estimulante de pais emocionalmente dispostos, simplesmente não está disponível para elas, por causa do stress social e familiar.
O psicólogo Allan Shore chama a isto “abandono próximo”, em que os pais são fisicamente presentes, mas emocionalmente ausentes.
Como já foi dito antes, nada pode ser compreendido isoladamente do seu ambiente. O termo cientifico moderno para isto é “Natureza Bio Psico Social” do desenvolvimento humano, em que vemos como a biologia dos seres humanos depende muito da interacção com o ambiente social e psicológico. Uma outra expressão para isto, utilizada pelo psiquiatra e investigador Daniel Siegel, da UCLA, é “Neurobiologia Interpessoal”. Esta interacção com o ambiente social e psicológico, ocorre em primeiro lugar com os pais, em segundo lugar com as pessoas importantes na nossa vida, e em terceiro lugar, com a nossa sociedade em geral. De notar, que isto ocorre especialmente durante o desenvolvimento do nosso cérebro, quando estamos vulneráveis, mas também vale para adultos e idosos.
Reflexo disto, são a maioria dos criminosos na sociedade. A grande maioria deles, foram vitimas de grandes traumas infantis, experiências emocionais de um nível incalculável, como sobreviver á tentativa de homicídio por parte dos pais… ou ter assistido à morte traumática dos pais. Este tipo de situações deixa marcas profundas numa criança, e, na maioria dos casos, acaba por se manifestar, mais tarde, também num comportamento agressivo e violento.
Os seres humanos, já viveram em quase todo o tipo de sociedades, essencialmente sociedades de caça e colecta, verdadeiramente igualitárias, com base na divisão de alimentos e troca de presentes, e foi assim que passaram a maior parte da sua história. Como consequência desta igualdade, temos obviamente uma sociedade com menos violência. Grupos organizados de violência, era coisa que não aconteceria naquele período da história, e com isto eu pergunto:
Onde é que foi que errámos?
A violência não é universal, não é simetricamente distribuída entre o ser humano. Há enormes variações no nível de violência em diferentes sociedades. Há sociedades praticamente sem violência, como os Amish, enquanto outras são auto destrutivas. É nestas sociedades que o ser humano recolhe influências teológicas, metafísicas, linguísticas, etc.… por exemplo, a USA, é uma das sociedades mais individualistas e, tal como o capitalismo, é um sistema que permite ao homem subir cada vez mais alto numa pirâmide em potencial, mas, a questão é que isto surge com cada vez menos segurança.
Por definição, quanto mais estratificada for a sociedade, menos pessoas se tem como par em relacionamentos verdadeiramente recíprocos e simétricos. Em vez disso, temos apenas posições diferentes, e hierarquias infindáveis. Um mundo com menos parceiros recíprocos, é um mundo com menos altruísmo.
Portanto, numa sociedade baseada na competição e, muitas vezes, na exploração implacável de um ser humano por outro, o acto de lucrar com os problemas alheios e, muitas vezes, a criação de problemas com o propósito de obter lucro, é um comportamento que a ideologia dominante muitas vezes justifica apelando a uma natureza humana fundamental e imutável. Assim, o mito na nossa sociedade, é que as pessoas são competitivas por natureza, e que são más, individualistas e egoístas.
A verdadeira realidade, é o oposto!
A única forma de falar concretamente sobre natureza humana, é reconhecendo que há certas necessidades humanas. Temos a necessidade humana de companheirismo e contacto intimo, de sermos amados e respeitados, de sermos vistos, aceites e recebidos por aquilo que somos. Se essas necessidades são atendidas, evoluímos para pessoas compassivas, cooperativas e empáticas para com os outros. Então, o oposto, que cada mais vemos na sociedade, é, na realidade, uma distorção da natureza humana, precisamente porque tão poucos têm as suas necessidades atendidas.
Portanto sim, podemos falar de natureza humana, mas apenas no sentido de necessidades humanas, que levam a certos traços de personalidade se forem atendidas, e a um diferente conjunto de traços, se forem negadas!

A escolha é sua... É uma escolha entre medo e amor!


From Zeitgeist Moving Forward

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